domingo, 10 de agosto de 2014

O Crivo das Três Peneiras

"Augustus procurou Sócrates e disse-lhe: - Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de… Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? - Peneiras? Que peneiras? - Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? - Não, Sócrates! Absolutamente, não! - Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? - Não, Sócrates… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E Sócrates, sorrindo, concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: •Pessoas sábias falam sobre ideias; •Pessoas comuns falam sobre coisas; •Pessoas medíocres falam sobre pessoas."

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